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Coaf registra o menor número de comunicações nos últimos seis anos

Comunicações ao Coaf têm queda de 47% em comparação ao ano anterior.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) , órgão responsável por monitorar transações financeiras suspeitas, registrou uma diminuição de 47% na troca de informações financeiras relacionadas a casos de corrupção no primeiro semestre deste ano, em comparação com o ano passado.

De janeiro a junho deste ano, o órgão computou apenas 667 compartilhamentos de dados envolvendo esse tipo de crime com órgãos de investigação de todo o país, como Polícia Federal (PF), Ministério Público (MP) e Receita Federal. A média foi de 111 comunicações por mês. É o menor índice dos últimos seis anos. No ano passado, a média mensal foi de 209.

O tráfico de drogas continua liderando o ranking de ilícitos apurados pelo Coaf pelo segundo ano seguido com 1,2 mil comunicações envolvendo transações financeiras de traficantes.

Coaf

O Coaf está vinculado ao Banco Central e produz relatórios de inteligência financeira para auxiliar investigações a partir de informações sigilosas que os bancos são obrigados a repassar quando detectam movimentações suspeitas nas contas dos clientes, como depósitos de altas quantias em dinheiro ou saques fracionados na boca do caixa.

Os números do órgão, por sinal, também revelam uma mudança relevante no relacionamento com a PF e o MP. O envio de dados para a instituição caiu 43,7% neste ano, considerando a média mensal de comunicações.

No caso do Ministério Público Federal, comandado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, a queda foi de 65,7%.

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